EL PUBLIQUE

EL PUBLIQUE

Denunciam rede de contrabando de salsichas que movimenta mercadoria da empresa Frios Roraima na fronteira entre Brasil e Venezuela com a cumplicidade de funcionários


Uma operação da Receita Federal do Brasil na empresa Frios Roraima, localizada em Pacaraima, revelou a existência de uma rede de contrabando de salsichas para a Venezuela, que operaria sob o amparo de autoridades venezuelanas.

Na tarde da última quinta-feira, 1º de junho, funcionários da Secretaria da Receita Federal do Brasil, mais conhecida como Receita Federal (RFB), realizaram uma inspeção nas instalações da empresa Frios Roraima, dedicada à distribuição e exportação de produtos alimentícios, principalmente salsichas e outros embutidos.

Segundo fontes da RFB, a empresa estaria envolvida em uma rede de contrabando de salsichas para o lado venezuelano da fronteira, aproveitando a diferença de preços e a escassez de alimentos que aflige o país vizinho.

No estacionamento da empresa havia vários automóveis com placa venezuelana, que transportavam salsichas para passá-las ilegalmente para o outro lado. Os funcionários procederam à apreensão da mercadoria e à identificação dos condutores.


No meio da operação, houve uma perseguição e uma troca de tiros entre os agentes e o motorista de uma caminhonete preta, que conseguiu escapar para o território venezuelano com os pneus furados. O suspeito tentou esconder o rosto durante a fuga.

As detonações geraram alarme entre uma multidão de pessoas que estavam no local, que presenciaram o fato. Não houve feridos nem maiores danos materiais.

Frios Roraima é uma empresa de propriedade do empresário brasileiro Allan Luiz de Oliveira, que é sócio do cidadão Nuno Condesso Martínez Martins na empresa Atacaraima Comercio e Atacado de Produtos Alimentícios Ltda, segundo um relatório do meio hable.se.


Nuno Martínez Martins, que possui nacionalidade venezuelana e já teve residência no estado Zulia, na Venezuela, é conhecido como “O Rei do Contrabando da Salsicha”. Embora o nome de Nuno Martínez não conste nos registros da Frios Roraima, suspeitas indicam que Martínez é acionista por trás das cortinas da mesma.


Willians Paulo Mischur, CEO da Frios Roraima 

Allan Luiz de Oliveira e Martínez operam a empresa em associação com Willians Paulo Mischur, que atua como CEO da Frios Roraima e de outra empresa chamada Consignum. Outro sócio de Allan Luiz de Oliveira é Wigor Henrique Dos Santos. O grupo mantém vínculos comerciais também com outra empresa que leva o nome Comarca.

No estado de Roraima existem processos judiciais abertos contra Allan Luiz de Oliveira, devido à evasão de impostos sobre a circulação de mercadorias.

Nuno Condesso Martínez é também proprietário da empresa Transporte Roraima Do Amazonas Ltda, onde tem como sócio Matheus Spadare Mischur.

Segundo denunciam nas redes sociais, essas máfias do contrabando atuam na Venezuela sob o amparo da chefe do Serviço Nacional Integrado de Administração Aduaneira e Tributária (SENIAT) em Santa Elena de Uairén, cidade fronteiriça com o Brasil e capital do município Gran Sabana do estado Bolívar, e graças também aos “tentáculos” do governador do estado Bolívar, Ángel Marcano.

Essas máfias burlam todos os controles sanitários venezuelanos, à base de subornos, e inundaram o mercado nacional na Venezuela, com produtos não regulados sanitariamente, que acabaram com os produtores nacionais levando-os à falência.

O contrabando na fronteira entre Brasil e Venezuela é um problema recorrente que afeta ambos os países. A fronteira tem uma extensão de 2.199 quilômetros e é marcada por uma grande desigualdade econômica e social. A crise que vive a Venezuela provocou um êxodo venezuelano para o Brasil, especialmente para o estado de Roraima.



Publicar un comentario

0 Comentarios