No meio da operação, houve uma perseguição e uma troca de tiros entre os agentes e o motorista de uma caminhonete preta, que conseguiu escapar para o território venezuelano com os pneus furados. O suspeito tentou esconder o rosto durante a fuga.
As detonações geraram alarme entre uma multidão de pessoas que estavam no local, que presenciaram o fato. Não houve feridos nem maiores danos materiais.
Frios Roraima é uma empresa de propriedade do empresário brasileiro Allan Luiz de Oliveira, que é sócio do cidadão Nuno Condesso Martínez Martins na empresa Atacaraima Comercio e Atacado de Produtos Alimentícios Ltda, segundo um relatório do meio hable.se.
Nuno Martínez Martins, que possui nacionalidade venezuelana e já teve residência no estado Zulia, na Venezuela, é conhecido como “O Rei do Contrabando da Salsicha”. Embora o nome de Nuno Martínez não conste nos registros da Frios Roraima, suspeitas indicam que Martínez é acionista por trás das cortinas da mesma.
Allan Luiz de Oliveira e Martínez operam a empresa em associação com Willians Paulo Mischur, que atua como CEO da Frios Roraima e de outra empresa chamada Consignum. Outro sócio de Allan Luiz de Oliveira é Wigor Henrique Dos Santos. O grupo mantém vínculos comerciais também com outra empresa que leva o nome Comarca.
No estado de Roraima existem processos judiciais abertos contra Allan Luiz de Oliveira, devido à evasão de impostos sobre a circulação de mercadorias.
Nuno Condesso Martínez é também proprietário da empresa Transporte Roraima Do Amazonas Ltda, onde tem como sócio Matheus Spadare Mischur.
Segundo denunciam nas redes sociais, essas máfias do contrabando atuam na Venezuela sob o amparo da chefe do Serviço Nacional Integrado de Administração Aduaneira e Tributária (SENIAT) em Santa Elena de Uairén, cidade fronteiriça com o Brasil e capital do município Gran Sabana do estado Bolívar, e graças também aos “tentáculos” do governador do estado Bolívar, Ángel Marcano.
Essas máfias burlam todos os controles sanitários venezuelanos, à base de subornos, e inundaram o mercado nacional na Venezuela, com produtos não regulados sanitariamente, que acabaram com os produtores nacionais levando-os à falência.
O contrabando na fronteira entre Brasil e Venezuela é um problema recorrente que afeta ambos os países. A fronteira tem uma extensão de 2.199 quilômetros e é marcada por uma grande desigualdade econômica e social. A crise que vive a Venezuela provocou um êxodo venezuelano para o Brasil, especialmente para o estado de Roraima.
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